terça-feira, 30 de agosto de 2011

Adolescente que teria estuprado menina de 13 anos é apreendido no Caiçara

Evelin Araujo - www.midiamaxnews.com.br

O adolescente de 16 anos que teria estuprado uma menina de 13 no bairro Jardim Caiçara na madrugada deste último domingo (28) foi apreendido por policiais da Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e a Juventude) na tarde de hoje (29).

Segundo informações da delegada Maria de Lurdes Cano, o adolescente estava em casa quando foi surpreendido pelos policiais. Ele foi ouvido e disse em depoimento que a garota teria consentido o ato sexual. “Ele relatou que ela reclamou de sentir dor, ele disse que ira parar, mas ela não queria interromper, segundo o depoimento do menor”, disse a delegada.

A menina teria bebido cerca de cinqüenta copos, do tamanho dos de café, de vodca com suco. “Há divergências no depoimento de ambos, por isso não vou pedir a internação dele de imediato. Vou esclarecer esses fatos e devo concluir o caso até quarta-feira”, disse Maria de Lurdes. 

O dono da casa, que é maior de idade, já foi ouvido e será responsabilizado por fornecimento de bebida alcoólica a menores, já que havia um galão com a vodca na varanda da casa. O adolescente responderá por estupro de vulnerável, mesmo que a menina tenha consentido, porque ela é menor de 14 anos. 

Para a delegada, os pais das crianças precisam estar mais atentos sobre o paradeiro dos filhos. “São adolescentes, crianças, não podem ficar soltas por aí. Os pais precisam saber onde seus filhos estão, ter mais controle sobre o que fazem, como podem deixar crianças freqüentarem festas com bebidas alcoólicas?”, questiona. 

Lido ao contrário, nome de grupo formado por menores era apologia ao sexo



Ate Cubanos”. Este era o nome do grupo formado por adolescentes que mantinham encontros íntimos e consumiam bebidas alcoólicas em uma residência localizada no bairro Iracy Coelho, em Campo Grande. Lido ao contrário: sonabu.., o “batismo” era mais uma apologia a atividade sexual dos jovens.
O nome do grupo era estampado em camisetas e seria uma espécie de uniforme dos frequentadores da casa, além de outras camisetas com dizeres diferentes como, por exemplo, “experimenta”.
O grupo foi denunciado ao Conselho Tutelar e também a DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) e a DEAIJ (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e a Juventude). Num primeiro momento foram identificados os menores que tem mais de 14 anos e praticaram sexo com menores desta idade o que tipifica estupro de vulnerável.
Agora as delegadas Márcia Mota (DEPCA) e Aline Cinot (deaij) trabalham para descobrir se havia participação de maiores de idade, inclusive por conta da entrada de bebidas alcoólicas na casa. A previsão é que em dez dias os inquéritos sejam concluídos.
O caso
De acordo com as delegadas responsáveis pelas investigações, Regina Mota (DEPCA) e Aline Cinot (Deaij), os adolescentes pertenciam a um grupo de dança apoiado pela escola onde estudavam, que a diretoria decidiu dissolver exatamente por conta da conotação sexual que as coreografias estavam tendo. Já estava bastante entrosado e seus integrantes resolveram então fundar uma espécie de clube, mas daí em diante com festas, a prática de sexo entre eles e consumo de bebidas alcoólicas. Tudo acontecia na casa de um menor, que segundo a polícia, fundou uma gangue que aliciava meninos e meninas de 11 a 16 anos para freqüentar a residência.
A polícia revela que estava investigando o caso e já havia confirmado a prática sexual dos adolescentes e o consumo de bebida. Quando estava num trabalho de monitoramento para verificar a possibilidade de entrada de drogas e maiores participando ou “patrocinando” o grupo em troca de algo, a mãe de uma menina de 12 anos procurou a imprensa para relatar o que estava acontecendo na casa. Com isto a investigação ficou prejudicada, pois foi encontrado apenas um aparelho para triturar maconha, que foi encaminhado para ser periciado.
O grupo se organizou para os encontros por meio de camisetas e tudo era combinado por redes sociais como MSN e ainda uma comunidade no Orkut denominada “Congresso do Bulimento”, onde postavam fotos consumindo bebidas alcoólicas. Ela pertence ao líder do grupo, um menor que completou 15 anos, há duas semanas, que se intitula Til Rei.
A delegada da Deaij explica que praticar ato sexual com adolescente a partir de 14 anos, desde que seja consensual, não é crime. Porém, a polícia descobriu que freqüentavam a casa menores a partir de 11 anos. Os maiores de 14 anos que mantiveram relações com os com menos desta idade vão responder por estupro de vulnerável.
Mais de 20 adolescentes foram ouvidos pelas duas delegadas, porém cinco meninos e três meninas vão responder por estupro de vulnerável. Além disso, um nono garoto também vai responder por ameaça e injúria depois que procurou a mãe da adolescente que denunciou as práticas na casa.
Quanto a venda de bebidas alcoólicas, a polícia revela que já sabe quem foi o comerciante que atendeu os menores. “Os adolescentes não tinham conhecimento do caráter ilícito que estavam praticando. A única coisa que sabiam era que bebida para eles não podia. Alguns até ficaram indignados quando explicamos o que diz a lei”, disse a delegada Aline Cinot.

Tradutor/translator/Übersetzer